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ZUMBI, UMA VIDA DE LUTA CONTRA A ESCRAVIDÃO

O Dia Nacional da Consciência Negra, em 20 de novembro, não é mais um feriado, muito menos um dia qualquer. A data foi escolhida por coincidir com o dia da morte de Zumbi dos Palmares, em 1695. Mas quem foi Zumbi dos Palmares? Uma ótima pergunta, que vai muito além dos grotescos informes da imprensa comercial e das propagandas oficiais.

Líder do Quilombo de Palmares e símbolo da resistência contra a escravidão que foi assassinada em 20 de novembro de 1695. O Quilombo dos Palmares foi fundado no ano de 1597, nas terras da Serra da Barriga, atual estado de Alagoas. Em pouco tempo, o seu ideal, de liberdade e competente organização fez com que o quilombo se tornasse uma verdadeira cidade.

Isto tudo até que em 1695, a expedição de Domingos Jorge Velho destruiu o Quilombo dos Palmares e assassinou Zumbi. Foi assim destruído um território livre símbolo da resistência ao regime escravista e da consciência negra de homens e mulheres em busca da liberdade e da construção de uma nação. Em 1995, depois de 300 anos de seu assassinato, foi realizada no dia 20 de novembro a Marcha Zumbi dos Palmares — contra o Racismo pela Igualdade e a Vida, reunindo em Brasília cerca de 30 mil pessoas.

Zumbi dos Palmares foi oficialmente reconhecido pelo governo brasileiro como herói nacional. Não por menos, já que recuperar o ideário de Zumbi não é apenas rememorar Palmares, mas resgatar um importante exemplo de luta e organização pela emancipação do povo brasileiro.

E, num momento genial, sambistas de grande sensibilidade conseguiram, quase que numa Odisséia dos tempos atuais, transformar a heróica resistência do ser humano contra a brutal exploração em algo popular, fácil de ser compreendido. Está aí o samba campeão de 1988, da queridíssima Vila Isabel, do não menos inesquecível Luís Carlos da Vila. E a todos e todas, um grande abraço da ‘Mãe África’ e muitas lutas e conquistas pela tão desejada igualdade. Valeu, Zumbi!

KIZOMBA, FESTA DA RAÇA (VILA ISABEL – 1988)
Autores: Rodolpho, Jonas, Luís Carlos da Vila

Valeu Zumbi!
O grito forte dos Palmares
Que correu terras, céus e mares
Influenciando a abolição
Zumbi valeu!
Hoje a Vila é Kizomba
É batuque, canto e dança
Jongo e maracatu
Vem menininha pra dançar o caxambu
Ôô, ôô, Nega Mina
Anastácia não se deixou escravizar
Ôô, ôô Clementina
O pagode é o partido popular
O sacerdote ergue a taça
Convocando toda a massa
Neste evento que congraça
Gente de todas as raças
Numa mesma emoção
Esta Kizomba é nossa Constituição
Que magia
Reza, ajeum e orixás
Tem a força da cultura
Tem a arte e a bravura
E um bom jogo de cintura
Faz valer seus ideais
E a beleza pura dos seus rituais
Vem a lua de Luanda
Para iluminar a rua
Nossa sede é nossa sede
De que o “apartheid” se destrua

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