A assessoria de imprensa da Corregedoria-Geral da Justiça do Rio disse que o desembargador Roberto Wider “tem o maior interesse não apenas na apuração deste caso (a inspeção que o Conselho Nacional de Justiça fará no 15º Ofício de Notas), mas também na de todas as outras questões” abordadas na reportagem publicada ontem (17/11) no Globo.
“Tanto que, no ofício enviado ao Conselho Nacional da Justiça, acompanhado dos respectivos documentos, o desembargador Roberto Wider pediu para que o CNJ instaure a correição, em substituição ao procedimento em curso no 15º Ofício de Notas iniciado por esta Corregedoria. Agindo dessa forma, o desembargador quer resguardar a isenção do procedimento desta Corregedoria”, divulgou a assessoria.
O advogado Alexandre de Paula Ruy Barbosa confirmou que trabalha para o L. Montenegro Associados, escritório administrado pelo lobista Eduardo Raschkovsky. Em março, quando já atuava para o L. Montenegro, ele foi nomeado pelo desembargador Roberto Wider para assumir o 11oOfício de Notas. “O critério foi de mérito. Tenho pós-graduação. Mas fiquei pouco tempo no cartório. Saí em junho porque preferi optar pela advocacia”, explicou.
Alexandre disse que, ao saber na época que o cargo estava vago, apresentou currículo na Corregedoria de Justiça. “O critério foi o da meritocracia. Tudo dentro da lei. Peço cuidado e zelo com o que você vai escrever”, disse.
Já o advogado Carlos Roberto Fernandes Alves, que continua até hoje à frente do 6º Ofício de Notas de São Gonçalo, também confirmou que trabalhava, na época da designação, no escritório L. Montenegro. Mas, como assumiu o cargo, desligou-se do emprego — sua ficha, na Ordem dos Advogados do Brasil, exibe até hoje o endereço de L. Montenegro no Centro. (O Globo)