Contra a privatização do setor, os aeroportuários iniciam uma paralisação de 48h na madrugada desta quinta-feira (20/10), a partir da 0h. As ações acontecem em três aeroportos do país que serão privatizados. A categoria aponta que o processo terá inicio no próximo ano, com o leilão dos aeroportos de Cumbica, em Guarulhos (SP), de Viracopos, em Campinas (SP), e o de Brasília (DF). Os trabalhadores destes três locais participam da mobilização.
Além da perda da soberania nacional, a privatização acarretaria em uma precarização dos serviços e da segurança dos passageiros. Isso é o que afirma o presidente do Sindicato Nacional dos Aeroportuários, Francisco Lemos.
“Em outros países isso já foi passado para iniciativa privada. Nestes locais há uma precarização muito grande e isso coloca em risco o voo. Ou seja, a possibilidade de aumentar os acidentes aéreos é muito grande”. Segundo Lemos, o interesse central de um aeroporto privatizado passa a ser o lucro de seus empresários, que entre outras coisas geraria a exclusão das classes populares deste tipo de serviço.
“O empresariado — para quem o governo quer entregar os aeroportos — tem um conceito chamado de ‘aeroshopping’. E o ‘aeroshopping’ tem um tipo de atividade comercial nos aeroportos que não é voltado para as classes C e D, e sim para as classes A e B. Evidentemente, o que vai acontecer é a segregação social dentro dos terminais aéreos do Brasil”, diz Lemos.
No mesmo dia e locais da paralisação dos aeroportuários, ocorre uma vigília de movimentos sociais, sindicatos e organizações políticas contra a privatização dos aeroportos. (informações da Radioagência NP)