A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) aprovou ontem (26), uma reposição de 3,75% para o piso salarial do estado. O percentual não é um presente injustificado dos parlamentares, mas sim, um direito de todos os trabalhadores fluminenses, já que se refere a inflação acumulada no país no último período.
A majoração ainda é inferior ao índice de inflação acumulado especificamente no Rio de Janeiro em 2018, que bateu a casa dos 4,3%. A porcentagem chegou a ser debatida em plenário, mas sua atribuição foi descartada.
A proposta foi acatada pelo parlamento mesmo com a oposição do governador, Wilson Witzel.
Em mais uma tentativa de transferir todas as consequências da situação fiscal do estado para os servidores públicos, o governo do estado propôs que o piso fosse congelado por dois anos. A estratégia foi tão injustificada que não conseguiu apoio nem mesmo entre a base aliada do governo na Alerj.
Agora, o percentual segue para avaliação do governador, que terá 15 dias úteis para dar seu parecer sobre a reposição. Se a proposta for sancionada, terá efeito retroativo ao dia 1º de janeiro de 2019. Se for vetada, volta para as mãos dos deputados estaduais, que podem reverter a decisão.
Sindjustiça-RJ articula aplicação do aumento a benefícios da categoria
Para a categoria, os 3,75% já têm impacto sobre o valor definido para o auxílio-educação, caso a majoração seja aprovada. Neste momento, o Sindjustiça-RJ já está tomando as providências necessárias para que a reposição também seja aplicada ao auxílio-creche e ao auxílio-transporte.
“A aprovação na Alerj foi muito importante porque mostra a força e o poder político da nossa luta. É com essa perspectiva e com esse incentivo que estamos trabalhando para que o percentual também seja estendido a outros benefícios recebidos pelos serventuários. Para que nossa categoria tenha seu direito à reposição respeitado em sua plenitude”, salientou o diretor-geral do Sindjustiça-RJ Aurélio Lorenz.
Fonte: Sindjustiça-RJ