A campanha pela punição dos culpados e responsabilização dos poderes públicos pela morte da juíza Patrícia Acioli terá nova manifestação no dia 12 de setembro, a partir das 12 horas, na porta do Tribunal de Justiça do Rio. O ato está sendo convocado por entidades dos movimentos sociais, estudantes de faculdades de Direito e por familiares da vítima.
A data marca um mês da execução da juíza Patrícia Acioli, com 21 tiros, quando chegava de carro na sua casa em Piratininga, bairro da Região Oceânica de Niterói (RJ), em agosto, expôs o pouco empenho do Estado em combater abusos policiais e as atividades ilegais desenvolvidas pelas milícias. Apesar das inúmeras ameaças que recebeu, Patrícia teve sua escolta policial reduzida pelo Tribunal de Justiça, que nega que isso tenha ocorrido apesar das evidências disso expressadas em documentos do próprio TJRJ e em depoimentos de pessoas próximas à juíza.
A magistrada, que atuava na 4ª Vara Criminal de São Gonçalo (RJ), desafiava a prática de produção em série de ‘autos de resistência’ por arte de policiais militares para justificar a morte de civis. A juíza pôs na cadeia mais de 60 policiais acusados de pertencer a grupos de extermínio, além de combater o crime organizado das milícias. ‘Auto de resistência’ é a determinação utilizada pela polícia para designar morte de civis em enfrentamentos supostamente ocorridos em operações policiais. (informações da Luta Fenajufe Notícias)