Familiares e amigos da juíza Patrícia Acioli, assassinada com 21 tiros no dia 11 de agosto de 2011 na porta de casa, participaram, na noite de sábado (11/8) em Niterói (RJ), de um ato público de protesto pelo primeiro ano da morte da magistrada. A mobilização, na praia de Icaraí, contou com o apoio da ONG Rio de Paz, que espalhou cartazes com os dizeres “Mãe, um ano de saudade”, e “21 tiros na democracia”.
Patrícia era conhecida pelo combate a grupos de extermínio em São Gonçalo e região metropolitana do Rio de Janeiro. A família cobra condenação dos 11 envolvidos, incluindo o ex-comandante do batalhão de São Gonçalo, Claudio Luiz Oliveira. Todos estão presos e aguardam julgamento, e a maioria pode responder a júri popular.
“Alento a gente só vai ter quando conseguir que os 11 bandidos que fizeram isso covardemente com minha irmã sejam presos”, afirmou a irmã de Patrícia, Márcia Acioli. “É o que a gente espera para fechar esse ciclo”.
O presidente da ONG Rio de Paz Antonio Carlos Costa, um dos organizadores da mobilização em Niterói, lamentou a falta de empenho da sociedade brasileira em casos como o da execução da juíza Patrícia Acioli. “É inimaginável que a sociedade se cale. O que fazemos é quase um trabalho didático”, destacou. “As pessoas não têm a cultura do envolvimento. Olhe, era para essa praia estar lotada”.
Costa, que encampou a luta da família da juíza desde o dia seguinte ao assassinato, disse que o trabalho feito nesse e em outros casos tem como meta atingir os jovens. “A Patrícia encarou os “profissionais da morte”, isso não é coisa para qualquer um. Os jovens têm que aprender a valorizar pessoas como ela”. (informações do portal Terra)