Para muitas pessoas, hábitos como atirar um papel pela janela do carro ou jogar uma embalagem pequena no chão parecem ser totalmente inofensivos. No entanto, a questão do lixo é um problema social grave que merece a atenção de todos os serventuários.
De acordo com dados da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), cerca de 75 milhões de pessoas em todo o Brasil – o equivalente a 1/3 da população do país – sofrem com problemas relacionados à má gestão de resíduos, sendo grande parte deles ligados à saúde.
Como o lixo interfere na saúde?
O acúmulo de lixo é um grande vilão da saúde, principalmente quando os resíduos estão expostos a céu aberto. Os processos de decomposição dos materiais favorecem o fluxo de bactérias e atraem animais que transmitem doenças, como ratos, baratas e outros insetos que são vetores de enfermidades.
A situação tende a ficar ainda pior no verão, quando alguns estados – como o Rio de Janeiro – sofrem com chuvas intensas. O descarte incorreto de lixo nessas épocas é um dos principais responsáveis por alagamentos e, consequentemente, pela contaminação da água e do solo, que favorecem epidemias de vários problemas de saúde relacionados aos resíduos.
“Às vezes, temos dificuldade em enxergar que cuidar do meio ambiente e colocar o lixo no lugar correto também são pautas que devem preocupar quem luta por causas sociais. Além da questão ambiental, o descarte incorreto de resíduos custa a vida de pessoas, muitas das quais pertencem justamente às camadas menos favorecidas da sociedade”, explica a diretora de saúde e condições do trabalho do Sindjustiça-RJ, Gabriela Garrido.
Doenças causadas pelo lixo
A lista de enfermidades graves relacionadas à contaminação por resíduos sólidos é enorme. Entre as doenças que podem ser causadas pelo lixo, estão problemas como a cólera, a disenteria, a febre tifoide e a leptospirose.
Durante a época de chuvas em particular, também há o favorecimento da proliferação de mosquitos que transmitem enfermidades, como o Aedes aegypti, responsável pela dengue, Chikungunya e Zika.
“O descarte incorreto do lixo tem consequências no âmbito individual e coletivo. Podemos salvar vidas cuidando do nosso ambiente de trabalho, nossas casas e nosso planeta. São medidas simples que fazem toda a diferença”, afirma Gabriela.
Fonte: Sindjustiça-RJ