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IASERJ: DEBATE COM SERVIDORES, SINDICALISTAS E PARLAMENTARES FORTALECE LUTA CONTRA DEMOLIÇÃO

Parlamentares, representantes de movimentos sociais, sindicalistas, servidores e usuários do Hospital Central do Iaserj realizaram, na noite da última sexta-feira (27/07), debate sobre a luta em defesa da unidade, ameaçada de demolição pelo governo Sergio Cabral Filho (PMDB).

Organizada no pátio do Hospital, a atividade foi precedida da exibição de reportagem sobre o Iaserj, veiculada no RJ TV, da Globo, e reprodução de discurso de Sergio Cabral durante a eleição de 2006, quando o então candidato a governador prometeu que iria “valorizar o servidor público”. À reportagem e ao discurso de Cabral, os presentes reagiram com sonora vaia.

O objetivo central do debate foi reforçar a vigília em defesa do Hospital do Iaserj, que na quarta-feira (1/08) completará dois meses de atividade. Convidados formalmente para o evento, a OAB-RJ, o Ministério Público do Estado e a Defensoria Pública da União não enviaram representantes.

REPRESENTANTES DA SOCIEDADE PRESTIGIARAM DEBATE — A mesa de abertura foi composta por representantes de Sindsprev-RJ, Afiaserj, Sepe-RJ, Sindicato dos Médicos, FIST (Federação Internacional dos Sem-Teto), Sind-Justiça, Associação de Moradores e Amigos do Centro, Andes-SN, pelo ex-diretor do Hospital do Iaserj, Nelson Ferrão; pelo deputado Paulo Ramos (PDT) e a vereadora Sônia Rabello (PV). Na plateia, além de militantes dos movimentos social e sindical, a presença de servidores e estudantes da Uerj em greve.

“O atual governo já demonstrou a mais completa irresponsabilidade e descaso para com os pacientes do Hospital, os servidores e o interesse público. O argumento de que a demolição seria necessária para a ampliação das atividades do Inca não procede. Por que não botam o centro de pesquisas do Inca nas universidades? Vamos à luta para defender o hospital. O caminho é a mobilização e não adianta só reclamar e ficar em casa”, afirmou, sob aplausos, o deputado Paulo Ramos (PDT).

“PACIENTES FORAM SEQUESTRADOS DO HOSPITAL”, DIZ MÉDICO — Para o presidente do Sindicato dos Médicos (Sinmed-RJ), Jorge Darze, o número considerável de pessoas presentes ao debate ‘foi mais um motivo’ de preocupação para o governo do estado. “É muito bom — disse ele — ver aqui uma boa representação da sociedade, pessoas que vieram aqui para dizer que esse hospital não pode ser fechado. A presença de todos aqui é a prova de que esse movimento vai ser vitorioso”, disse, para em seguida lembrar a brutal transferência de pacientes promovida pelo governo na noite de 15 de julho: “Naquela noite horrorosa, o que houve foi um sequestro de pacientes que estavam aqui internados. O governo Cabral agiu como na ditadura militar, quando agentes do estado invadiam residências e, de forma clandestina, retiravam os que faziam oposição àquele regime”.

Autora de uma representação que, em junho deste ano, levou a justiça a conceder liminar (depois cassada) impedindo a transferência de pacientes do Hospital, a vereadora Sônia Rabello (PV) também fez duras críticas ao projeto de demolição. “Aqui no Iaserj temos 12 mil metros quadrados de área construída. Por que não fazer a expansão do Inca na área federal que está sendo doada a uma multinacional, como a GE, ao lado do Fundão? Essa questão do Iaserj está envolvida com interesses de construção, terras públicas, demolição de hospitais. É preciso resistir, a partir de um amplo movimento. Contem comigo nesta luta”, afirmou.

PRESIDENTE DA AFIASERJ QUESTIONA ATUAÇÃO DA COMISSÃO MISTA — Em 25 de julho, o portal G1 (Globo) publicou notícia segundo a qual o ambulatório do Hospital do Iaserj vai migrar definitivamente para o Maracanã no próximo dia 6 de agosto. Segundo o portal, a decisão teria sido tomada pela “Comissão Mista” formada por representantes do governo do estado, de servidores do Iaserj e mediada pelo Ministério Público Estadual.

Presidente em exercício da Afiaserj (Associação de Funcionários do Iaserj), a médica Cristina Maria Machado Maia considera que a Comissão Mista foi desvirtuada, pois seu objetivo inicial era ter uma atuação meramente técnica. “Infelizmente, essa Comissão, do jeito que está, vem atuando mais politica do que tecnicamente, aprovando indicativos com os quais não concordamos. O ambulatório do Iaserj continua funcionando normalmente e, se depender de nós, não vai interromper suas atividades”, disse. (com informações do Sindsprev-RJ)

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