Na próxima terça-feira (25), médicos de todo o país prometem ir às ruas e suspender atendimentos para protestar contra a baixa remuneração e as más condições de trabalho e de assistência oferecidas na rede pública de saúde. O movimento é coordenado pela Comissão Pró-SUS, composta por representantes do Conselho Federal de Medicina (CFM), da Associação Médica Brasileira (AMB) e da Federação Nacional dos Médicos (Fenam). A ideia é chamar a atenção das autoridades e da população para os problemas que afetam o setor.
“Com a mobilização queremos chamar a atenção das autoridades para a necessidade de mais recursos para a saúde, melhor remuneração para os profissionais e melhor assistência à população”, afirma o coordenador da Comissão Pró-SUS do CFM Aloísio Tibiriçá Miranda.
Em 19 Estados (Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Sergipe e Piauí) foi confirmada a suspensão dos atendimentos eletivos (consultas, exames e outros procedimentos) durante todo o dia, sendo que, no último, a paralisação deve se prolongar por 71 horas.
Em outros dois Estados, a paralisação será pontual: em Santa Catarina, deve acontecer durante a tarde e durar cerca de uma hora; em São Paulo, deverá acontecer apenas em algumas unidades de saúde, mas ao longo de todo o período. Já no Distrito Federal e nos Estados do Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio de Janeiro e Tocantins estão previstas apenas manifestações.
Nos locais em que se optou pela paralisação, serão suspensos os atendimentos eletivos (consultas, exames, cirurgias e outros procedimentos). No entanto, ficará assegurado o trabalho nas unidades de urgência e emergência.
No início do mês, o Conselho Federal de Medicina determinou aos Conselhos Regionais (CRMs) o envio de correspondências aos gestores públicos (secretários de saúde e diretores técnicos e clínicos de estabelecimentos de saúde) com um alerta sobre o movimento iminente. No documento, os responsáveis eram orientados a escalonar suas escalas e as marcações para evitar constrangimentos aos pacientes e seus familiares, bem como assegurar novas datas para os procedimentos desmarcados. (informações do UOL Notícias)