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Não tenho medo de insinuação de delator, diz Picciani

RIO — O presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Jorge Picciani, afirmou nesta quinta-feira que não tem nada a “temer” e, sem citar nomes, insinuou que as acusações do ex-presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE) Jonas Lopes tentam atingi-lo por uma suposta aliança do delator com o ex-governador Anthony Garotinho. Picciani foi levado coercitivamente a depor na quarta-feira, após decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
— Esse senhor (Jonas Lopes) é aliado e corre risco de sua delação cair (por esse motivo) daquele que é meu maior detrator na política, de quem não vou dizer o nome. Não recebi (propina) e não há como provar que recebi — disse Picciani. —Eu nada temo, nada devo e não tenho medo de insinuação de delator.
A delação de Jonas Lopes está sob sigilo, mas ele teria afirmado que Picciani receberia e distribuiria propina a conselheiros do TCE. Cinco integrantes do tribunal foram presos na ação. O presidente da Alerj afirmou que não teve acesso ao inquérito e que respondeu três perguntas na sede da Polícia Federal. A primeira questão foi relativa ao projeto de lei que permitiu ao estado usar os recursos do fundo especial do TCE.
— Expliquei que sempre que o Judiciário, a Defensoria (Pública), o TCE mandam (projetos de lei à Alerj), manda, vêm em regime de urgência. A secretaria geral da mesa manda para as comissões técnicas permanentes. Não tenho ingerência nas comissões, minha ingerência começa quando vou pautar a discussão. Não interfiro, nunca fui a uma comissão dizer faça desta ou daquela forma. Esclareci a ela (delegada) a tramitação.
Jonas Lopes teria afirmado que Picciani recebeu propina para facilitar a tramitação e a aprovação do projeto. Ele nega. O dinheiro foi usado pelo estado para quitar dívidas com empresas que fornecem alimentação a presos.
— Delator confessa que cobrou 15% e distribuiu aos conselheiros. A ilação é que eu teria facilitado. De que forma? Estou à vontade para fazer acareação com qualquer uma das empresas que tenham dito isso — afirmou o deputado estadual.
Picciani disse ainda que foi questionado se conhecia o presidente da Fetranspor, com quem afirmou ter uma relação “institucional”. Ele também respondeu aos investigadores que não tinha conhecimento do pagamento de propina para a execução de projetos na Secretaria estadual de Obras.
De forma irônica e sem citar o nome do delator, Picciani afirmou que Jonas Lopes confessou os crimes “depois de passar férias”.
— Não cometi nenhum ato ilegal ou desonesto e aqueles que convivem comigo há muitos anos sabem disso – afirmou o presidente da Alerj, que foi aplaudido três vezes pelos deputados.
Picciani afirmou também que vai colocar em votação na terça-feira a derrubada do veto de Luiz Fernando Pezão ao artigo que determinava que o saldo remanescente dos cartões de transporte, acumulados após um ano de uso, fosse destinado ao Fundo Estadual de Transporte. Da forma como o projeto foi sancionado, os créditos restantes estão indo para as empresas.
Picciani deixou a Alerj após discursar por cerca de 25 minutos e não falou com a imprensa.

FONTE: http://extra.globo.com/noticias/brasil/nao-tenho-medo-de-insinuacao-de-delator-diz-picciani-21136902.html

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