Os servidores começam a responder nesta semana aos ataques do governo aos projetos que revisam os planos de cargos e salários. Greve, paralisações, assembleias e atos públicos devem envolver, a partir da terça-feira (17), servidores de pelo menos 17 estados do país. Em nove deles haverá paralisação no dia 17, seis por tempo indeterminado e três por 24 horas, com assembleias ao final do dia que podem deliberar pela adesão à greve. Outros sete estados marcaram assembleias para decidir sobre a paralisação.
Prometem parar por tempo indeterminado a partir do dia 17 os servidores da Bahia (Sindjufe-BA), Alagoas (Sindjus-AL), Mato Grosso (Sindijufe-MT), Espírito Santo (Sinpojufes-ES), Amazonas e Roraima (Sitra) e do TRT da 15ª Região (SP, Sindiquinze). A paralisação será de 24 horas, com possibilidade de ser estendida, em São Paulo (Sintrajud), Rio Grande do Sul (Sintrajufe-RS) e Minas Gerais (Sitraemg). No Maranhão, assembleia nesta terça-feira (16) pode decidir pela paralisação. Outros seis estados fazem assembleias após o dia 17 também para avaliar a greve.
Os dois projetos que revisam os planos de cargos estão parados há cerca de cinco meses na Comissão de Finanças da Câmara. A última decisão sobre o PL 6613/2009 (Judiciário) é de 16 de junho, quando a Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público aprovou a proposta, que dali foi para a Comissão de Finanças, onde está parado à espera do desfecho das negociações entre o Poder Executivo e Judiciário.
O impasse nas negociações em torno do PCS-4 e as reiteradas declarações de membros do governo Lula e da ‘equipe de transição’ para gestão de Dilma Rousseff, a presidenta eleita, levaram os servidores a parar por tempo indeterminado pela segunda vez este ano. (informações do Luta Fenajufe Notícias)