Para decidir que medidas tomar para impedir a demolição do Hospital Central do Iaserj, os servidores da unidade farão assembléia extraordinária, nesta quarta-feira, dia 17 de março, às 13 horas, no pátio do hospital (Rua Henrique Valadares, 107, Cruz Vermelha). Para debater o mesmo assunto, o Movimento Unificado dos Servidores do Estado (Muspe) estará reunido hoje (15), às 14 horas, no Sindicato dos Médicos. O Muspe é formado por representantes dos sindicatos de servidores estaduais.
O prédio do Iaserj Central, próximo à Praça da Cruz Vermelha, seria demolido e, construído no lugar, um complexo pertencente ao Instituto Nacional do Câncer (Inca), um hospital federal. A verba para a obra é do Ministério da Saúde. A partir do dia 5 de abril estarão sendo colocados tapumes cercando o Iaserj, com publicidade do governo federal, uma preparação para a demolição que deve ser iniciada após um mês do fim do trabalho de instalação dos tapumes.
A demolição será gradual, e não com a implosão de todo o Hospital Central do Iaserj que está funcionando normalmente, com pacientes internados, inclusive em UTI, e 65 mil atendimentos ambulatoriais por mês. Segundo o projeto, a demolição será feita com os pacientes dentro da unidade.
Para a presidente da Associação de Funcionários do Iaserj, Mariléia Ormond, tanto a doação, quanto a demolição do Iaserj são atos ilegais, inconstitucionais e imorais perpretados pelo governador Cabral Filho e pelo Ministério da Saúde. “O Iaserj, criado em 1932, quando o Rio de Janeiro ainda era a capital do país, teve as suas unidades erguidas e equipadas, através das contribuições compulsórias dos servidores (2% do salário). Pela Constituição do Estado e por lei específica, ele pertence de fato e de direito a estes trabalhadores, sendo, portanto, a doação do prédio do Iaserj, feita pelo governador do estado ao Inca, ilegal, inconstitucional e imoral”, acusou.
Estão orçados para serem gastos, só na demolição, R$ 5, 572 milhões. O grupo escolhido para fazer o projeto de construção do novo prédio do Inca receberá mais de R$ 11 milhões. Na construção serão gastos R$ 321 milhões. O Iaserj, que é patrimônio dos servidores do estado, cujo prédio central e as demais unidades foram construídas e equipadas com dinheiro destes trabalhadores foi doado pelo governador Cabral ao Inca, em 31 de março de 2008, sem autorização dos servidores ou aprovação de lei neste sentido. A Afiaserj entrou com ações pelo cancelamento da doação e da demolição que ainda não foram julgadas. (informações do Sindsprev-RJ)